Diogo Comum, Henrique Rezende, Tiago "Rump" Frúgoli e Tiago Gordo, fazendo música (juntos, de preferência).

Thursday, October 21, 2010

Henrique Rezende - "particula(r)mentos Gerais"




Henrique começou a curtir Rap em 98, época em que andava de skate. Assim como vários da geração pré-internet banda larga, Henrique teve um contato inicial com os sons gringos através dos vídeos de skate nacionais. Se identificou inicialmente com grupos como Hieroglyphics, A Tribe Called Quest, De la Soul, Gang Starr, Black Moon, Aceyalone, Jeru the Damaja, Mobb Deep... Em 2003, começou a fazer beats no Fruity Loops, software que usa até hoje. Na mesma época, passou a fazer parte do grupo Manutenção, que formou com dois amigos e coletivo Sempre.

Algum tempo depois, com mais acesso a discos de vinil e internet banda larga, ouviu "Fan-Tas-Tic Vol.1" e "Fantastic Vol.2", os dois primeiros álbuns do Slum Village e de cara se identificou. Ao mesmo tempo, ganhava mais domínio sobre a arte de cortar e colar samples e se testava tentando simular a sonoridade de produtores como J Dilla, Premier, 9th Wonder, Madlib e Pete Rock. Por um bom tempo, só seus amigos tiveram acesso a suas produções.

No final de 2009, compilou beats e remixes em CD-R's que distribuiu para os amigos. A mixtape intitulada "Dreams" serviria de esboço para o álbum "Particula(r)mentos Gerais", lançado em outubro de 2010, composto por remixes, tributos aos produtores que serviram de influência, e sons inéditos de Elo Da Corrente, Tiago "Rump" Frúgoli, Faro-Z, Cavalier, Manutenção (o grupo original de Henrique), Buda e Rodrigues. O álbum é claramente um produto de toda essa história, ao mesmo tempo que aponta novos caminhos e define a sonoridade de Henrique: bases melódicas, com timbres que levam o ouvinte para dentro de uma câmara de eco e efeitos, pontuadas por linhas de baixo e bateria meticulosamente programadas, trazendo o peso e até as imperfeições humanas, das quais a música precisa.

(T. Frúgoli)